[Missão] - Jayden D. Lowrie

O começo, sempre pode ser o fim.

Dia da Ressurreição do bom e belo Jesus. Todos membros que tinha afinidade e crê em deus, tiverem que ir para Igreja, alguns se queixaram sobre isso, outros foram felizes, cantando até, porque é uma data comemorativa, não podia passar despercebido isso.

Mesmo sendo um exorcista, Jayden não tinha muita afinidade em ir na Igreja, ao não ser que seja do seu interesse. Mas até hoje, não aconteceu muitos casos sobre Demônios, ao não ser trotes ou vídeos amadores, que chega ser engraçado, mas julgar porque né? São para o divertimento do povo. Ao não ser que, o Zé Gotinha seja um fantasma disfarçado como agente da saúde ou talvez seja a Maria Betânia mesmo. O bolso do jovem começou a vibrar, levou sua mão para dentro e retirou seu celular, que na tela de bloqueio estava o sinal de uma mensagem, abriu por curiosidade, ainda mas por ser de um Padre conhecido dele:


- Desculpe não ligar, é que estou bem ocupado, porém, tenho uma missão para você. Talvez seja simples, mas, caso ocorra complicações, peço que retorne e relate tudo para mim, ok? Ok. Você terá que ir para um bar que possível você o conhece, se recorda do Bar da Mãe Joana? Provavelmente sim, aquele que aconteceu um incêndio sem explicações e que uma mulher não conseguiu sair. Você terá que ir no local e averiguar-lo, descobrir o porquê do acontecimento, mas, tem relatos de civis que possivelmente escutou gritos de pessoas no bar, talvez seja mentira ou não, de qualquer forma, seu trabalho é ir lá.

Jayden por ter um amplo conhecimento de Los Angeles, sabia exatamente onde era o bar, sendo assim não esperou para o outro dia, se arrumou e já foi a caminho.

Diretrizes da Missão:

Por mais que não gostasse de viver dentro de igrejas – mesmo tendo crescido praticamente de uma – ainda era “obrigado” a ir a ela em determinados feriados. Aquelas aglomerações de fiéis que crêem em tudo mais do que a própria vida me repudiava. Como alguém simplesmente conseguiria ficar ali todo o tempo?

Estava em frente da igreja enquanto procurava algo para me entreter no meio da tortura que seria ouvir as pessoas lá dentro sem nenhum descanso, foi então que meu celular vibrou dentro do bolso de minha calça. Haviam me enviado uma mensagem. Não tinha muita fé que algo de bom viria num dia como aquele, mas ainda assim não ignorei por mera curiosidade do que se tratava aquela mensagem recebida. Não demorei a começar a ler.

– Desculpe não ligar? Se quiser mandar uma mensagem, pelo menos seja direto ao invés de escrever uma segunda bíblia. – O mau humor escapava inconscientemente enquanto falava comigo mesmo ainda olhando para a tela do aparelho. – De qualquer modo será muito melhor ir até lá do que continuar mofando aqui. – Guardei o celular novamente no bolso e segui em frente.

Como cresci ali não foi difícil identificar onde aquele tal bar ficava, apesar de só ter passado por lá uma vez ou outra.


Chegando ao local já voltava ao mau humor. Aquela área da cidade era estranha, simplesmente não gostava dali. As pessoas que circulavam as ruas ou até mesmo chegavam perto do bar pareciam estar mortas, alguns pareciam ter sangue em seu rosto – mais especificamente na boca –, ao mesmo tempo, seus olhares brilhantes demonstravam vida, o que me trazia uma sensação estranha somente de vê-los.

– O que essa gentinha tem? – Sussurrava baixo enquanto caminhava até alguma janela do bar, limpando a poeira residente com a manga da camisa.

– Alguém ai? – Perguntava em um tom não muito alto, mas que acreditava ser o suficiente para alguém lá dentro ou próximo me escutar.

Observações:

O começo, sempre pode ser o fim.

Ao fazer sua pergunta, sua voz recuou pelo estabelecimento e assim, perfeitamente escutou um barulho de como alguém estivesse esbarrado em uma cadeira, continuou a tentar enxergar o que tinha dentro, quando... Uma cabeça acertou o vidro, fazendo manchar de sangue, surpreso com aquilo, recuou seu corpo de perto da janela. Não demorou muito, Jayden pode ver uma sombra perto da mancha, que se demonstrou um rosto humano e logo desapareceu, ficou um pouco assustado com aquilo, quando de repente pode sentir uma respiração em seu cangote.

- Estranho não... Aquilo que acabou de presenciar? - Perguntou a pessoa desconhecida para Jayden . Após perguntar, levou a mão até o centro das costas do jovem exorcista, que assim tocou apenas com as pontas dos seus dedos. - Não tente fazer nenhuma idiotice ou irei arrancar seu disco invertebral. Agora me diga, o que veio fazer aqui?

Minhas esperanças que algo ali dentro desse sinal de vida não eram muito positivas, mas por sorte consegui ouvir alguém se mover lá dentro, ou melhor, esbarrar em algo, provavelmente alguma cadeira jogada entre as mesas. Observei mais ao fundo, procurando quem havia feito aquele barulho. Em questão de segundos um corpo se jogou contra o vidro, batendo sua cabeça e a fazendo sangrar. Recuei meu corpo dali instintivamente. Não queria me sujar com alguém “suicida” assim tão de repente.

– Além de estranhos tentam se matar do nada. – Retruquei antes de notar alguém se aproximar por trás de mim e quase grudando em meu pescoço começar a respirar fortemente, como se me cheirasse. Simplesmente odiei aquilo, mesmo que não fosse totalmente desagradável não me trazia uma boa sensação, assim como aquela que tive desde chegar ao local.

O desconhecido em questão logo começou a puxar conversa com frases clichês que entregavam claramente que possuía segundas intenções ali. Apenas escutei o que ele dizia antes de qualquer movimento. Sem conhecimentos maiores sobre a área não poderia fazer nada. Nem mesmo se quisesse. Porém nem tudo foi amigável, aquela pessoa era pior que as outras. Em questão de segundos mudou sua simples simpatia falsa para ódio e já me ameaçava de morte. Um lindo começo, não?

– O que faço aqui? – Mentir não era lá muito uma de minhas habilidades mais potentes, por isso fiquei em silêncio por um momento. – Bem... Falaram-me sobe esse bar e resolvi visitá-lo e ver se é mesmo tudo que disseram, mas parece abandonado há algum tempo já.

O Começo... Sempre pode ser o fim!

O homem riu quando notou que estava a mentir, aproximou o rosto ao lado de sua bochecha de Jayden, fazendo sentir o forte cheirou de sangue em sua boca.

- Pelo jeito... Seu ponto forte não é mentir, não é mesmo? - Falou ironicamente ao recuar o corpo de perto do jovem exorcista, em seguida, chutou a perna esquerda dele e o fez cair sobre o solo de lado. Começou a rir com aquela cena. - Irei ter misericórdia contigo, está bem? Irei dar duas escolhas a você. - Dizia enquanto olhava Jayden caído no chão, para que não se mexa, colocou o pé esquerdo sobre seu peitoral, fazendo força contra ele, impossibilitando suas ações. - Primeira escolha, que você se torne um vampiro... Segunda escolha, você morrerá agora... Agora basta escolher, jovem. 10 Segundo está ótimo para decidir? Creio que sim, pense que esses segundos sejam os últimos de sua vida. Valendo!

– Bem exigente você, não? – Mesmo sobre ameaça de morte ainda não parava com o jeito imprudente.

Como havia esperado aquela pessoa não demorou a perceber a falsidade em minhas palavras e agora já me atacava. Esse final não se parecia nada com o que pretendia fazer. – Vejamos... – Agora já podia ver claramente a fisionomia e rosto do tal desconhecido. Um homem, aparentemente um pouco mais velho que eu, com presas e um olhar sanguinário, também aparentava ser pálido como os demais que circulavam por ali.

– Dez segundos só? Decidir algo em tão pouco tempo é muito precipitado. Porém não tenho o que fazer, então pode decidir você mesmo. – Retruquei como minhas últimas palavras ali. Virando o rosto e assoviando baixo enquanto esperava alguma resposta daquele homem.

O homem se surpreendeu com a resposta do Exorcista, sorriu, abaixou sua silhueta e estando abaixado, rasgo o pulso com suas presas, colocando a região que estava sangrando na boca de Jayden, segurou atrás sua cabeça com a mão livre e fez com que, bebesse o suficiente para transforma-lo. Retirou o pulso da boca do jovem, percebeu que ele se engasgou um pouco, não esperou o mesmo se levantar e assim quebrou seu pescoço, novamente o corpo repousou no chão.
- Hum. Agora, esse garoto terá que se acostumar com sua nova vida e caso não aceite, ira morrer por não completar transição. Eu deveria ficar, acompanhá-lo aonde for, ver que ele terminaria essa transição ou seria tolo, morrer por causa dela.

O homem falou aquelas palavras, levantou e olhou severamente o jovem sobre o chão, analisando ele rapidamente, deu as costas, voltou a seguir seu caminho. - '' Qual será a decisão que tomara?! '' - Pensou enquanto já estava longe do corpo de Jayden, que finalmente se tornou apenas uma casca, sem sentimentos caso se desligue, ou algum sentimento ira vim a tona. Qual será?!

Observações: